sábado, 17 de dezembro de 2016

Quando... viajamos para o litoral.

Como falei aqui, estou retomando as atividades no blog e, para isso, tentarei recapitular meus últimos meses para, então, aos poucos, voltar a atualizá-lo. Nesse sentido, criei a seção "Quando...", na qual publicarei alguns dos momentos que deixei de dividir com vocês.

Para começar, precisava registrar uma das minhas melhores experiências vividas neste ano: quando finalmente realizei o sonho de banhar-me nas águas salgadas do mar.

Sabe quando você tem um sonho e acha que a realização dele é algo muito, muito distante de acontecer? Pois é, viajar para o litoral, conhecer o mar e ainda levar a família junto era algo que sempre esteve em nossos planos, mas, com a situação atual do brasileiro, isso tudo só se distanciava da nossa realidade. Mas, como num passe de mágica, as coisas começaram a acontecer, e, mesmo com tantos contratempos e surpresas, ficamos atônitos quando nos vimos contemplando o belíssimo pôr-do-sol na praia de Iracema, em Fortaleza.

"Como chegarmos até aqui?", foi o que perguntamos um para o outro, enquanto olhávamos o pequeno correndo pela primeira vez na areia. Ele estava em casa! Quis correr direto para água, se jogar, como se já fosse intimo daquela imensidão. Tive que controlá-lo. Eu mesma estava assustada com toda aquela exuberância e poder.



Ficamos coladinhos na praia de Iracema. Do hotel via e ouvia toda a agitação do mar. Ai... aquela brisa, aquela melodia, aquele cheiro... Não me cansava de olhar pelas janelas.





À noite, os bares e casas de shows reinavam...


As ruas charmosas dos arredores do hotel onde ficamos...




O pequeno se perdeu no cenário de uma das peças que estava em cartaz na Caixa Cultural (não consegui lembra o nome da peça)...



Centro Cultural Dragão do Mar...




Curtimos ainda a companhia do meu irmão (o da esquerda), que, à caminho da Paraíba, nos surpreendeu fazendo uma escala em Fortaleza e passando alguns dias conosco.


Uma pausa para curtir o mercado do peixe e o pôr-do-sol, na Praia do Mucuripi





Crocobeach, Praia do Futuro.





Diversão nas dunas de Cumbuco, onde o pequeno pirou na tirolesa... 

 


E a despedida...





Não foi fácil dizer adeus a um lugar tão lindo e mágico. Depois de todas as bençãos recebidas do Senhor Mar, nos despedimos com boas lembranças, com as energias recarregadas e com uma vontade danada de retornar. Quem sabe as forças conspiram novamente a nosso favor...

terça-feira, 11 de outubro de 2016

Inspiração: Entardecer...

Sou apaixonada por fotografia e costumo postar aqui algumas das imagens que me inspiram. Algumas são encontradas durante meus passeios pela internet, outras são registros meus mesmo... E aí, o que percebi recentemente? Que tenho amigos, colegas e familiares super talentosas na arte de registrar seus momentos inspiradores. 

E, então, pensei: porque não usar algumas dessas fotos no blog? São momentos tão singulares, registros tão bem feitos, olhares cheios de sensibilidade, pessoas tão bacanas... Porque não compartilhar isso aqui?

E aqui estão alguns dos registros...

Porto Velho-RO, Rivane Ramos (cunhada)

Rio Branco-AC, Renis Ramos (maridão)

Manaus-AM, Franco Roberto (maninho)

Rio de Janeiro-RJ, Cristina Livas (amiga)

Adoro gente com sensibilidade! Obrigada a todos por cederem seus registros (inclusive àqueles que não pedi autorização e mesmo assim postei aqui... rs).

Certamente virão mais inspirações...


domingo, 9 de outubro de 2016

Retornando às atividades...

Esses dias recebi um comentário numa imagem que postei em meu Instagram, e ele dizia, entre outras coisas, assim: "Coloquei na busca do IG 'coresecoisasdairis', e deu aqui! Estava atrás de um blog que acompanhava... (...) Lia muito seu blog...". Aquele comentário me surpreendeu e me emocionou. São sete anos postando aqui e tão poucas manifestações de pessoas que não conheço, me emociono mesmo com isso.

Ao mesmo tempo que me animei, senti uma certa tristeza. Aquilo de "Lia muito seu blog", remeteu-me a ideia de que o blog não existia mais. Sei que pode ter sido apenas uma expressão, ou que ela não tivesse mais tempo de lê-lo, mas, no fundo, tive que encarar a realidade: o blog, de certa forma, não está mais existindo, principalmente para quem o acompanha (ou acompanhava). Afinal, é de atualizações que vive uma rede social, então, se não atualizo o blog, logo, ele deixa de existir, mesmo ainda estando com todo o seu conteúdo disponível.

A verdade é que há tempos venho ensaiando uma volta para este meu espaço. Sentia saudade, sentia vontade de escrever, sentia até uma necessidade dele... O que não me sentia era à vontade para escrever. Estava tão cheia de obrigações, cobranças e tantas outras coisas que não me sentia tranquila em parar por alguns instantes na frente do computador por simples fruição.

Presa a falta de tempo, acabei também me apegando às outras redes sociais, aquelas em que tudo é mais fácil e prático: você tira uma foto, faz um breve comentário e pronto, está postado. O blog exige muito mais de mim. Exige tempo, criatividade, inspiração, busca por imagens... Às vezes, uma postagem leva dias para ser terminada. Bem, com cabeça cheia e falta de tempo, não tinha mesmo como voltar a escrever aqui.

Meu tempo ainda está meio apertado, e, com os projetos que estou tendo com o maridão, com certeza minhas obrigações e preocupações irão aumentar, e muito, mas estou em uma fase da minha vida que decidi (e preciso) retomar a busca pelas coisas que me dão prazer, e dedicar um tempo ao meu blog era um item essencial na minha lista.

Mas, agora, depois de praticamente oito meses sem postar, estou precisando entrar novamente no clima da coisa. Estou querendo mudar um pouco o layout da página, preciso organizar algumas postagens, alguns marcadores, retirar alguns itens... Tenho um trabalhinho pela frente, mas isso vou fazer com calma.

O que realmente interessa aos que me acompanham, são algumas atualizações, e é isso que tentarei fazer nas próximas postagens. À principio, vou tentar recapitular meus últimos meses, ver o que registrei apenas nas outras redes sociais e publicar por aqui...

Com o tempo as coisas se encaixam e como sempre cita meu irmão mais velho (e uma das pessoas que mais cobravam pelas atividades no meu blog) "Se avexe não, toda caminhada começa no primeiro passo." E era desse primeiro passo que eu precisava.

E como inspiração para quem está precisando, termino esse post com a música cantada por Flávio José. Me amarro nessa música, desde o nome dela, até o último tom do xotezinho.





sábado, 8 de outubro de 2016

A Deusa...


A música me direciona
Mas é a Senhora que me Inspira;
Minha Musa,
Minha Deusa, 
Minha Grande Senhora da Noite,
Que os véus se levantam pelas manhãs, pelas tardes...
Mas é nas noites que te Vejo, Te Tenho.
Te Vi, Te senti, Te Escuto.
Aprendo Contigo,
Renasço, tenho minha Redenção,
Meu Limiar, meu Recomeço, Meu Fim
O nascer a partir do Fim, de um novo Ser, de ser de Verdade,
Sem medos, sem máscaras.
Vejo e acompanho teu Poder
Tua formosura, Tua Essência, Teu calor, Teu carinho.
Registro com várias palavras ordenadas e de vários significados,
Que, mesmo assim, são desordenadas quando faladas sobre Ti,
Deixo nessa virtualidade, a ideia da perfeição
Tu é Ideia, Perfeita.
Deusa Encarnada, Deusa em Carne,
Deusa manifesta, que manifesta.
Platão ensinou sobre as Ideias,
Hoje, essas ideias podem ser contempladas, vistas, lidas,
Digitalizadas na virtualidade,
Onde todos podem ser o que quiserem ser,
Mesmo assim, não podem ser o Ser,
Mas agora poderão, pelos seus sentidos
Ter os Teus Sentidos,
Porque Sentir é necessário
Para te Compreender.
Tua Cor, Negra como a Noite,
Onde Tu és Senhora, Rainha
Maior em todo o espaço,
Em todo o Espaço, onde é Negra a Essência que Reina,
Sem medo e sem impedir que a Luz chegue
Como Conhecimento Àquele que pretende Saber,
Senhora Pura, que corrompe o incorruptível,
Profana o Divino,
Divina tua profanação,
Porque Tu, Senhora, Pura,
Se entregas ao Sentir, para que todos possam ser, e Ser É,
Profano ou Puramente Divino,
É... Dois, Todos, Uno,
Vejo tuas guias, que me Guiam com teus Guias,
Que todos esperam para serem guiados,
Contigo ando pelos Vales da Morte e da Sombra
Sem Medo
Por estar comigo, sempre.
No Tempo e fora Dele,
Já que Ele ainda és Tu,
No que já foi, está sendo e ainda será
Tu estás Lá e aqui,
Minha Iris,
Meus olhos, que me fazem enxergar
Tão longe, tudo o que está perto de mim,
Converso contigo, aqui comigo,
Tu me escutas tão tranquilamente,
Sorrindo, me acariciando,
Sendo tão amável,
Minha Iris, Deusa, mensageira,
Que me amplia,
Para que te compreenda
Para que te Entenda,
Que Tu és
Mulher,
Deusa,
Rainha,
Minha,
Livre
Sem ponto final

Por Renis Ramos, sob o efeito da Magia 
(Grata pelo texto, amor)

sexta-feira, 5 de fevereiro de 2016

Luzes de Natal para o ano todo...

Já estamos no segundo mês de 2016 e eu ainda estou falando em Natal? Ai, ai... eu e meus atrasos... Mas vamos lá...

No final do ano (passado), quase não decorei a casa para as datas comemorativas. Como sempre, fui minimalista, usei a mesma árvore de varetas, feita pelo meu irmão no ano retrasado. Acrescentei somente alguns poucos detalhes nela.



Meu pequeno estava insatisfeito, queria porque queria mais luzes na casa. Certo. Catei um pisca-pisca pelas caixas no escritório e pendurei no vão de acesso para os quartos. Pronto! Não, não achei que estivesse pronto. Olhei para as luzes e pensei: "Iris, para de preguiça, cara! Você já foi mais criativa! Se empolga mulher!!".

Tinha visto pelas redes sociais um tutorial que usava caixas de ovos para enfeitar essas luzes e optei por tentar fazê-lo. Recortei as divisórias entre as cavas das caixas, as pintei nas cores verde, amarelo e vermelho, fiz um buraquinho no centro, encaixei as luzinhas dentro deles e eis aí o resultado.








O pequeno aprovou e eu adorei! Gostei tanto que, até hoje, não consegui tirá-lo daí. Já estou pensando em acrescentar mais flores, ou mudá-lo de lugar, ou enfeitar outro pisca-pisca... Acho que sou mais uma a ser contaminada pelo vírus "luzesdenatal". Me aguardem!



quinta-feira, 17 de dezembro de 2015

Euforia...

Ela caminhou em sua direção, parou diante dele, que mesmo sem ouvir uma única palavra da boca dela, entendeu que deveria levantar-se. Olhos fixos, coração acelerado, respiração pesada. Senti-la tão perto era o que mais ele queria, tanto quanto lhe apavorava.

Ela era só energia, ele vibrava. Ela o olhava, ele desconsertava. Ela o reconhecia, ele a queria. Sentia medo e desejo, queria voar, queria jogar-se ao abismo, só para sentir o prazer da liberdade, ou o de estar preso. Aquela boca, aqueles olhos, aquele mistério... Sem mais resistir, suas mãos seguiram em direção ao rosto dela.

O ambiente pareceu-lhe menor, teve a sensação de que nada, além dos dois, cabiam naquele lugar. Estava enfeitiçado! Os lábios macios e voluptuosos daquela mulher o envenenaram, e com o veneno mais precioso, que somente a mais perigosa serpente seria capaz de produzir. Estava tão submisso aos seus desejos que em nada mais pensou. Se entregou.

Véus caídos, formas reveladas, arrepios, veias dilatadas, calor... Não tinha mais medo, estava excitado, preparado para receber toda a paixão que ela tinha para lhe dar. E nas curvas daquele corpo sinuoso, ele foi perdendo-se, deixando-se levar para uma arriscada armadilha, da qual não ousou fugir.

Seus corpos, sedentos, estremeciam a cada toque e revelavam o desejo absurdo que ambos tentaram controlar até então. Seios em erupção, boca quente, mãos firmes, lábios úmidos. Ele a segurava com força, numa tentativa de não a deixar escapar. Ela o beijava com ardor e sentia com prazer a rigidez de seus abraços.

Pele nua, mente aberta. Ele percebeu que ela não tinha razões para fugir, seu corpo clamava concupiscente pelo dele, e, então, tudo se encaixou perfeitamente: a paixão com o desejo, o corpo com a alma, o mágico com o real, a virilidade com a delicadeza... Ela, finalmente, rompeu o silêncio com um gemido delirante. Dois amantes, dois seres de muita luz, apaixonados, entregues ao tão esperado momento, sem regras, nem medo, nem amarras, livres!

De repente, sentiu-se sugado por uma força descomunal que lhe esquentou a alma. Fechos de luz, cores, raios... A Deusa. Ali, em formas nunca antes contempladas. Dona de si, guia dele, conduzindo-o no mais mágico e delicioso caminho. Não sabia se contemplava a divindade ou se sedia aos seus mais obscenos desejos. Decidiu segui-la, e viajou.


Achou ter visto a lua, num céu extremamente estrelado. Sentiu uma brisa, que parecia vir daqueles volumosos cabelos. Ouviu o vai e vem das ondas, que levavam e traziam a areia para sua praia, acreditou ser o som mais agradável do mundo: gemiam, sussurravam... Inalou o fresco perfume da mata verde e úmida, como quem contempla a beleza da natureza, saboreando a mais doce fruta oferecida por ela, e colhida com as próprias mãos.

Foi homem, menino, ancião. Um iniciado, que há tempos vem percorrendo seu caminho, mas em nenhum havia realmente se encontrado, e agora, vendo-se tão pequeno e ignorante, aquecido naqueles braços, sentiu-se, enfim, acolhido, bem vindo, e, pela primeira vez, na direção certa.

Nem seus melhores sonhos assemelhavam-se àquele momento, onde a beleza, o prazer e o divino vibravam em notas tão perfeitas. Nenhuma experiência vivida por ele seria capaz de descrever todas aquelas sensações. Nada havia sido tão forte e surreal, ao ponto de fazê-lo compreender o que é o verdadeiro amor, aquele que vai além das nossas rasas convicções sobre este sentimento.

Ah, o prazer... O mais louco devaneio de uma mente e o mais forte pulsar de um corpo...

Foi uma longa e prazerosa viagem, depois da qual, ele compreendeu que nunca mais seria o mesmo. Com os olhos ainda turvos, percebeu a chama de uma das velas que ainda vibrava ao lado das serpentes de fumaça de um incenso, que insistia em queimar. Sentiu que o encanto ainda estava ali. Duvidou estar sóbrio, duvidou ser real e, olhando nos olhos dela, teve a única certeza: "- Sou teu!". E ela, sorrindo, respondeu: "- Há milênios..."

---
[Primeira Parte - O encanto]



domingo, 6 de dezembro de 2015

Um Bolero inesquecível...

Quando eu era criança e as pessoas perguntavam "o que você quer ser quando crescer?", eu respondia como quase todas as meninas da minha época, "quero ser bailarina". É difícil não se encantar com a beleza de uma bailarina e seus saiotes, suas pontas de pés e mãos, sua delicadeza e leveza... As pequenas (e até alguns pequenos) ficam enfeitiçados.

Hoje, mais cedo, pelas redes sociais, vi um vídeo de uma música que me remeteu a esse sonho de infância. A música era "Bolero de Ravel", mas, no caso, apresentada por Andre Rieu. Assim que ouvi as primeiras notas dessa música, de imediato, veio-me aos olhos, a imagem de um homem, magro, cabelos claros, sem blusa, dançando em cima de um palco redondo. Tive que procurar.

Esse homem era Jorge Donn, um famoso bailarino argentino, falecido em 1992. Nunca havia procurado informações sobre ele, até hoje. A questão é que, mesmo sem saber de quem se tratava, posso dizer que ele, por volta dos meus oito ou nove anos, me hipnotizou ao dançar esta música.

Lembro-me de está mudando os canais da tv, quando, de repente, me deparo com a tal figura, dançando uma música forte, e, aos meus ouvidos, muito agradável. Parecia uma serpente, bailando sorrateira para sua presa. A coreografia nem de longe lembrava (a mim) a sutileza de uma bailarina, mas aquilo me prendeu, não conseguia sair da frente da tv, e nem queria que acabasse. Fiquei impressionada com aquele homem dançando. Achei mágico.

Não sei explicar exatamente porque aquela cena me chamou tanta a atenção. Talvez por ter gostado da música, ou por achar forte, não sei... Mas, de verdade, arrisco dizer que me encantei pela ideia de ver um homem dançando de forma tão diferente, tão livre, tão do seu jeito. Aquilo, com certeza, mudou minha ideia de dança. Percebi que não precisava usar uma sapatilha, vestidos leves e esvoaçantes, seguir um padrão tão rígidos de passos, para dançar bonito. Vi ali que a dança é uma expressão de liberdade, e que nem sempre precisa ser tão perfeito. 

Certamente, com aquela idade, meus pensamentos não foram construídos desta forma que relatei aqui, e nem saberia recriá-los agora, mas, basicamente, a ideia era algo como "olha, ele parece 'tá' dançando do jeito que ele quer dançar", como se estivesse sendo levando pela música, como se não tivesse criado uma coreografia para ela, e sim, decidido dançar conforme sentisse vontade.

Cresci e não me tornei bailarina. Adoro dançar (o que não significa que sou uma exímio dançarina, estou até bem longe disso), mas nunca passei do básico. Amo a dança e suas várias expressões e sensações. A música, pra mim, é um dos alimentos para a alma e a dança um dos caminhos para o paraíso.

As bailarinas ainda me fascinam, da mesma forma que ainda despertam em mim aquela pequena sonhadora... Quanto àquele homem, serei sempre grata por me emprestar alguns de seus passos, nos vários momentos em que me entreguei à liberdade, dançando sozinha no meu quarto, deixando a música me levar, durante tantos anos...





Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...